sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vagner e o violão

Haviam calos em seus dedos,tocava tanto aquelas cordas
Havia papéis espalhados,cifras listadas e notas.
Seu único lazer,seu maior prazer era tocar.
Tua alma se expandia de acordo com os atos
que fazia,delicadamente,suavemente.

Ah garoto que não deixa-nos observar,que pena não poder olhar seu grande talento,
Só ouço de longe o meigo som e observo de sua janela entrar aquele constante vento,
E só balançam as cortinas, eu vejo teu som,ouço teu movimento,
És tão desatento e atento ao que queres ao mesmo tempo.
Eu não quero,mas acabo entendendo.

Jamais o vi sair daqui,te seu quarto só ouço zumbir,
Teu barulho não incomoda, suas fortes batidas eu sinto,
Elas querem expressar o teu grito.
És tão meigo,tão quieto e calado
Mas eles não entendem o que queres ao teu lado.

É ele,somente ele, é o maior vilão dessa tua prisão,
Arrancarei-o com meu laço,com meu articulado embalo,
Então peço permissão,e se não me deixares,entrarei de invasão
No teu quarto,no teu violão,em tuas letras e notas.
Serei o próximo e mais novo tema de sua nova canção,tocarei a mais
Profunda a canção,a canção do teu coração.

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