quinta-feira, 14 de julho de 2011

Levante

Tentei entender e deixar de questionar,mas enquanto reclamava de minha solidão,não saí se quer do lugar. Ficar esperando por pessoas virem perguntar o que tenho,porque choro,sofro. Mesmo resumindo em duas horas não entenderão, não vai adiantar. Eles são fracos demais,não entendem o poder de um coração desesperado que tenta lutar contra a frieza da escuridão.
Quando a casa cai,os outros ao redor fecham seus portões,ouvindo o forte barulho de destruição. Mesmo que haja vida em jogo,cada um por si é assim que a vida segue,desunião,incompreensão.Eles não vão entender,jamais irão. Sinto pena,por saber que não sou única em tamanha dor,muitos sofrem e choram em seus quartos trancados,afastados de tudo,sem saber que lá fora há um mundo grande.Na verdade sabemos,apenas evitamos tamanho sofrimento.
O mundo é cruel,machuca e nos derruba,prendo os cabelos,me agasalho e calço meu mais quente sapato.Fecho as portas e confiro as janelas,não sinto vontade de sair de minha toca,minha querida caverna. Mas tenho que crescer,o mundo espera por mim lá fora,uma dolorosa batalha que voltarei com um doce sabor de vitória. Não sei se o que faço será de grande tamanho,mas levar paz a corações quebrados,sorriso em olhos fechados. Uma paixão,uma coração.Um amor,uma dor, vidas atormentadas,pessoas alcoolizadas. Carros vão e vem,vejo pedaços de corações voando pra lá e pra cá. Tudo que aprendi,ainda está aqui,espero pelo momento certo de saber onde irei os usar.

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