segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Infinita Solidão

  De uns tempos pra cá, sinto-me envelhecer mais rápido que o normal.
    Pelas experiências,pela vivência,por esta cansada aparência,que,por noites e noites longas acordado a ascender e apagar infinitos cigarros.
   Vejo cinzas por toda a casa,até meu cachorro notou a minha nostalgia. Eu aqui sentado em minha velha poltrona com o controle remoto invertendo locais,as vezes nas mãos,as vezes ao chão despilhado e caído.
   Minha xícara de café que era sempre quente e bebia atentamente,observando o jornal. Hoje ela se encontra caída no canto do tapete,gelada e cheia de formigas a passear. E eu ? Não ligo,nem se quer me levantei para atender ao telefone que uma vez ao mês,raramente acontecia de tocar. Poderia ser um cobrador,ou um vendedor. Não importa,se não for quem quero que seja a me procurar, não atenderei tão cedo,não me levantarei do lugar.
    No espelho eu vejo o que jamais imaginei,minha velhice se aproxima,me abandonei demais.
   Cabelos grisalhos,pelos espetados,olhos vermelhos e inchados. Meu descuido foi maior,meus cigarros faltam, a garrafa de conhaque vazia. Pensamentos distantes,choros de angustia são constantes.
     É o que sobrou de mim,após sua partida. Abandonou-me. E logo após eu me abandonei,esqueci de me cuidar,esqueci de me amar,esqueci de viver. Talvez eu nunca soube mesmo como era.. Como era viver sem você.

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