domingo, 21 de agosto de 2011

Solidão dominical

Acordar com o telefone a tocar, e não querer despertar daquele sonho lindo que me deixa sem ar,só de lembrar,quebrando a cabeça com aquele seu poema para mim,tento decifrar. Maldito que toca na melhor hora,então vamos lá levantar,acordar. Ao abrir janela,observo meu tempo preferido começo a sorrir,a chuva fina a cair e o céu nublado,respiro fundo o cheiro de asfalto molhado. Vamos lá,bom dia ao tédio e a solidão,pegando meu café amargo para começar. Sozinha,esses quatro cômodos mofados,parecem imensos quando se está só,eu penso a todo tempo e as paredes não param de me olhar. Queridas paredes,devem me observar quando chego embriagada,ou sento na poltrona com charutos a rolar.Um,dois,três e lá se vão, talvez não me matem,não façam mal e sim essa solidão dominical. De um lado para o outro,procurando o que fazer,uma decepção talvez para esquecer,nem isso.O que procurar quando nada satisfaz essa sede de ter o que não pertence,convém ou exista ? Então,deito-me na cama,com os pés para o auto,da janela observo que nem as nuvens me distraem ou se quer me aturam. Grande falta de sucesso,rolando da direita para a esquerda durante duas horas e meia,me jogo ao chão. Sonhar,dormir,deitada ou acordada talvez seja a melhor e única em meio de nenhuma escolha e tamanha solidão,a melhor opção.

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